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Restauração da Independência de Portugal - A revolta do 1.º de Dezembro de 1640


Os portugueses estavam muito desiludidos e empobrecidos. Portugal, na prática, era como se fosse uma província (espanhola), governada de longe. Os que aqui viviam eram obrigados a pagar cada vez mais impostos, que ajudavam a custear as despesas de um império, também ele já em declínio.

Aproximava-se o Natal e muita gente havia partido. Em Lisboa, ficaram a (estrangeira) Duquesa de Mântua e o (português) seu secretário de estado, Miguel de Vasconcelos.

No dia 1 de Dezembro os revoltosos invadiram de surpresa o palácio real, no Terreiro do Paço, prenderam a Duquesa e mataram Miguel de Vasconcelos.

Angola comenta o sucedido em Lisboa

Álvaro Domingos, Jornal de Angola Online

Manifestantes em Portugal feridos com gravidade pela polícia

Mário Soares não deu com a língua nos dentes nem escreveu um testamento sobre as violentas cargas policiais em frente à Assembleia Nacional, ruas limítrofes e Cais do Sodré. Dezenas de pessoas foram parar ao hospital, algumas gravemente feridas, devido às agressões dos agentes da polícia de choque. Francisco Louçã, o frade trapeiro da esquerda, não entrou no parlamento aos gritos, exigindo uma condenação contra o Governo Português por ter violado gravemente os direitos humanos nas ruas de Lisboa, a decrépita capital imperial.
CLIQUE AQUI PARA LER O ARTIGO NA ÍNTEGRA

Sónia Tavares e os The Gift em Valência.

Olá!

Queria partilhar uma notícia musical. Eu vi que também vai haver um concerto de "the Gift" em Valência. Ouvimos uma canção deles na aula. O concerto vai ser no 13 de dezembro na sala "La 3". Deixo abaixo um vídeo que encontrei sobre o grupo e o tour de concertos:

http://www.youtube.com/watch?v=WKiPBPUcetY&feature=share&list=PL-vW8RIDuwnIn390CZq3yHXeJbM_rHfly

Álvaro

Festa Brasil e Portugal em Valência, sábado dia 17 de novembro


Alemanha e Portugal


As autoridades alemãs recusaram transmitir o vídeo que Marcelo Rebelo de Sousa anunciou na TVI. Assista à mensagem intitulada 'Ich bin ein Berliner', 'Sou um Berlinense", em tradução literal.

A realidade portuguesa, dados comparativos entre Portugal e Alemanha, as medidas do memorandum da Troika são o mote do vídeo que Marcelo Rebelo de Sousa anunciou na TVI e que tinha por objetivo ser emitido na praça Sony, em Berlim, em vésperas da visita da chanceler Angela Merkel a Portugal, prevista para segunda-feira, 12.
A mensagem em português, mas com versões inglesa e alemã, foi recusada pelas autoridades locais, mas o caso já seguiu para a embaixada alemã em portugal.
Assista aqui ao vídeo.

Português: grupos de conversação

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PROFESORA
NIVEL
DÍA
HORA
AULA
Daniela Guimarães
INTERMEDIO 2  / AVANZADO 1
lunes
13-15 h.
40
Daniela Guimarães
BÁSICO 2 / INTERMEDIO 1
martes
13-15 h.
40
Daniela Guimarães
INTERMEDIO 1  / INTERMEDIO 2
miércoles
15-17 h.
50
Comienzo de las clases: 15 de octubre.

Presentació del llibre MATERIA DE BRASIL de Elías Serra

Querid@s amig@s,

Na próxima terça-feira, dia 25 às 20h, temos o prazer de receber na associação Espaituga o escritor  Elias Serra, residente no Rio de Janeiro, que nos vem apresentar a sua mais recente obra publicada em Espanha, Matéria Brasil.

Caso seja do vosso interesse, folgo em ver-vos na apresentação.

Segue a informação do evento.

Presentació del llibre MATERIA DE BRASIL de Elías Serra
Organitzada per l’Associació Cultural Espai Tuga, Dimarts, 25 de setembre, a les 20h., tindrà lloc la presentació del llibre Materia de Brasil, d’Elías Serra, a càrrec del propi autor, en el Centro Cultural Arte&Facto (C/ Peu de la Creu, 8) de València.

Elías Serra, professor de Llengua i Literatura al llarg de la seua vida professional, viu actualment al Brasil des que hi va arribar de la mà del Ministeri d’Educació espanyol el 2003, moment en què Luiz Inácio Lula da Silva jurava el càrrec com a nou president de la República Federativa del Brasil. Anteriorment havia residit també a Lisboa, període del qual ens ha quedat el llibre Materia de Lisboa (1995). Ara ens presenta Materia de Brasil (Ed. Algar, 2012), que porta per subtítol “La era de Lula, vista y vivida por un español curioso y un poco impertinente”.
A cavall entre la crònica de viatges, l’assaig i la (no) ficció, a mig camí entre els records, la memòria, la mirada i la experiència, Materia de Brasil acaba oferint-nos un quadre magnífic d’una època, la que abarca els dos mandats del president Lula (2003-2006, 2007-2010), i d’un país que continua sent, d’alguna manera, un gran desconegut en aquest costat de l’Atlàntic.
Per a qui no coneix el Brasil, el llibre resultará també un “… manual decoroso de introducción a la brasileidade …”, com diu el seu autor, i per a qui ha viscut ja l’experiència del Brasil, sentirà que es troba davant un document vital per la força i rotunditat amb què Elías Serra ens transmet històries i imatges del Brasil més recent.
Sobre el llibre, la brasileidade, i molt més ens parlarà l’autor el dimarts 25 al Centro Cultural Arte&Facto. Us esperem.
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Organizada por la Asociación Cultural Espai Tuga, el miércoles 25 de septiembre, a las 20 h., tendrá lugar la presentación del libro Materia de Brasil, de Elías Serra, a cargo del propio autor, en el Centro Cultural Arte&Facto (C/ Peu de la Creu, 8) de València.
Elías Serra, profesor de Lengua y Literatura a lo largo de su vida profesional, vive en la actualidad en Brasil, país al que llegó en 2003 de la mano del MECD, justo cuando Luiz Inácio Lula da Silva juraba el cargo como nuevo presidente de la República Federativa de Brasil. Anteriormente había residido en Lisboa, dejando como testimonio el libro Materia de Lisboa (1995). Ahora nos presenta Materia de Brasil (Ed. Algar, 2012), que lleva por subtítulo “La era de Lula, vista y vivida por un español curioso y un poco impertinente”.
A caballo entre la crónica de viajes, el ensayo y la (no) ficción, a medio camino entre los recuerdos, la memoria, la mirada y la experiencia, Materia de Brasil acaba trazando un cuadro magnífico de una época, la que abarca los dos mandatos del presidente Lula (2003-2006, 2007-2010), y de un país que continua siendo, de alguna manera, un gran desconocido a este lado del Atlántico.
Para quien no conoce Brasil, el libro resultará también un “… manual decoroso de introducción a la brasileidade …”, como afirma su autor, y para quien ya ha vivido la experiencia de Brasil, sentirá que se encuentra ante un documento vital por la fuerza y rotundidad con que Elías Serra nos trasmite historias e imágenes del Brasil más reciente.
Sobre el libro, la brasileidade y mucho más nos hablará el autor el martes 25 en el Centro Cultural Arte&Facto. Os esperamos.

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C/ Pie de la Cruz nº8
46001 Valencia
Tel. 96 113 36 58



"Loanda - Escravas, Donas e Senhoras", de Isabel Valadão



« "No século XVII, duas mulheres deixaram o seu rasto na história da cidade de Luanda. À sua volta teria gravitado um sem-número de indivíduos, fidalgos, traficantes, degredados, escravos e libertos. Uns, foram personagens marcantes do seu tempo, outros, simplesmente anónimos no papel de figurantes, todos eles fazendo parte de um específico contexto historiográfico da colónia angolana. Se existiram realmente ou se foram, apenas, o retrato fugaz de uma época, não há certezas, embora tenham perdurado de alguns vestígios de memórias escritas."
Através do retrato de Maria Ortega e Anna de São Miguel, somos levados até Luanda do século XVII, ao encontro do percurso, queda e ascensão dos escravos exilados do reino português. Cruzando a História num ritmo narrativo forte e surpreendente, Loanda é um retrato vivo, marcado pela força das mulheres que deixaram o seu rasto nesse território.»

Um livro muito interessante que narra a história de vida de duas mulheres fascinantes, ao mesmo tempo que acompanha a história da capital angolana no século XVII, e nos permite viajar até uma época pouco conhecida da cidade de Luanda. Quem gosta de história não deve deixar de ler!





«Isabel Valadão nasceu na pequena vila de Paço de Arcos (Oeiras), mas foi para Angola em 1951, com seis anos de idade, tendo aí vivido até 1975, pouco antes de aquela antiga colónia portuguesa se tornar independente. Acompanhando os pais no seu périplo angolano, passou por diversas regiões, desde o Lobito a Malange, até se fixar em Luanda, cidade onde viveu a adolescência, casou e onde nasceram as suas duas filhas. Durante alguns anos foi analista química dos Serviços de Geologia e Minas em Luanda e secretária da revista angolana Notícia. Regressou a Portugal em 1976, depois de uma breve passagem pela África do Sul, onde a sua família se refugiou, na sequência dos graves acontecimentos que antecederam a independência de Angola. Viveu em Macau, regressando definitivamente a Portugal em 1986. Cascais foi o local escolhido para se fixar e aí viveu durante mais de trinta anos. Licenciou-se, aos 49 anos, em História da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Em privado, dedicou-se à investigação na área da Defesa e Conservação do Património, paralelamente à conservação e restauro de pintura. Vive actualmente na região saloia de Mafra, na companhia do marido, nove gatos e dois cães, uma doce Golden Retriever chamada Daisy e o Rudolph, um Samoyedo fantástico!»

Há 145 anos Eça de Queirós escrevia:


No dia em que Passos Coelho anuncia mais medidas de austeridade, dedico este vídeo a todos nós: Mário Viegas - "Os ais"


Mário Viegas (1948-1996). Um génio sem igual inovador para o seu tempo, que fazia tremer o regime cavaquista com um humor excelente e uma abordagem sociológica e politica nacional muito inovadora e realista.

Viva o Verão! Peste & Sida - Sol da Caparica



Era assim em 1991:
Aki vou eu para a costa , aki vo eu cheio de picaaa! , De Lisboa vo Fujirrr Vo Po Solll Da caparicaaaaa

Descapotável pela ponte o cabelo a voar
o calor abrasador e a pressa de chegar
óculos escuros da rayban e o cantante a partir
a cassete dos ramones para a gente curtir
Aqui vou eu
para a costa
aqui vou eu vou cheio de pica
de Lisboa vou fugir
vou pó sol da caparica
Abancados na esplanada mesmo à beira do mar...
cerveja na mesa para refrescar
ao longo da praia sob o sol de verão...
as miúdas da costa sao uma tentação
por isso vou
para a costa
por isso vou cheio de pica
viro costas a Lisboa
vou pó sol da caparica
e assim vamos gozando as ferias de verão...
tenho o sol da caparica mesmo aqui à mão
Aqui vou eu.uhhhhhhh
aqui vou eu..uhhhhhhhh
de Lisboa vou fugir...vou para o Sol da Caparica

"Sol da Caparica (na minha bicla)" - PESTE & SIDA



Em 2009 os Peste & Sida vão de bicla para o "Sol da Caparica".

Este é o videoclip para uma nova versão do clássico dos Peste & Sida, “Sol da Caparica”. A ideia surgiu no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade de Almada e da inauguração do percurso ciclável ‘Bicla Tejo’, que passou a ligar o Cais Fluvial da Trafaria às praias urbanas da Costa da Caparica.

PORQUE ESTUDAR PORTUGUÊS?

PGL - Alunos/as e ex-alunos/as da Escola Oficial de Idiomas (EOI) de Vila Garcia de Arouça recolhem num vídeo a sua experiência na aprendizagem da língua portuguesa e encorajam para outras pessoas seguirem o mesmo caminho.




Em pouco mais de quatro minutos, as e os participantes nesta peça audiovisual contam qual foi o detonante para começarem a estudar a língua portuguesa, qual o seu vínculo prévio com o idioma ou a cultura portuguesa, e como está a ser a sua experiência.

JOGO PORTUGAL-ESPANHA


ARTE&FACTO propõe:


Este miércoles os invitamos a que vengan a ver el partido Portugal- España en arte&facto a las 20:45h.

Tendremos montaditos y una promoción en la carlsberg.
Como de la ultima vez si Portugal gana  no os invitaremos a un vaso de vino verde, sino a uno chupito de casalla.
¡Y que gane el mejor!


ARTE&FACTO

Calle Pie de la Cruz nº 8
Valencia

http://maps.google.com/maps/ms?msa=0&msid=102310657014411620964.000487a82145ceaea5b60&hl=es&ie=UTF8&ll=39.473212,-0.380668&spn=0.005781,0.019891&z=16

http://Centroculturalartefacto.blogspot.com

Mail: arte_facto@live.com
Tel. 96 113 36 58

Filmes portugueses no Cinema Jove - Filmoteca de Valência, Junho 2012

"Quando morremos" 20 minutos.
Hoje às 22.30. Sala Rialto
4ª, às 20h. Sala Rialto
 
"Assunto de família" 12.34 minutos.
Amanhã às 22.30 Sala Rialto
 
 
"O sapateiro"(Não tem diálogos) 12 minutos.
4ª às 22.30 Sala Rialto
6ª 18.00. Sala Rialto
 

Recensão da obra "Materia de Brasil" por Victor Oroval. (turma de NA1, ano 2012)


Elías Serra: Materia de Brasil. La era de Lula vista y vivida por un español curioso y un poco impertinente.
         Alzira, Algar, 2012, 323 p.

Para eu aproximar o leitor a este livro, devo dizer que tem o feitio de um travelogue ou diário de viagem, para além de um uademecum ou manual para o leitor interessado no Brasil.
O autor (Albacete, 1945), professor de literatura, descreve e comenta, num castelhano florido com ecos da litera­tura espanhola do Século de Ouro, fa­cetas do Brasil do presidente Lula (2003-2010). Neste período, o autor trabalhou como agregado cultural da embaixada da Espanha no Brasil, país onde ainda mora.
O livro organiza-se em sete capítu­los descabeçados, cada um subdivi­dido em quatro leitmotive: Lula, Salva­dor (de Bahia, a cidade fulcral laboral do autor), Geografias e Fábulas domésticas. O capítulo oitavo é uma coda, seguido de uma bibliografia e um glossário cultural.
Ainda que baseado no nordeste brasileiro, o autor percorre quase todo o país e introduz-nos na história, cultura e música, incluindo con­ceitos básicos para compreender o Brasil popular, tão afastado do país oficial, p.e. povão, caboclo, caipira, capoeira, fazenda, sertão, favela, garimpeiro, seringueiro, camelô, catador de lixo, grileiro, doleiro, bi­cheiro, flanelinha, torcida, cachaça, perereca (modelo de manipulação idiossincrásica do poder via uma perversa reductio ad ridiculum)…
A 'impertinência' do autor é de facto uma apresentação verídica que parte do 'Pare, escute e olhe' (p.9) das passagens de nível sem bar­reira dos caminhos-de-ferro portugueses, um contínuo 'dizer a realida­de' (Ll.V. Aracil) do Brasil acima de lugares comuns e miragens, com ênfase em personagens preocupadas com o Brasil presente e o seu futuro sustentável mais do que com demagógicos desenvolvimentos milagreiros do jeito das bolhas do lobby parlamentar, tão conhecidas do 'primeiro mundo' (cf. p.135). Entre estas personagens destacam os emblemáticos Chico Mendes -assasinado- e Marina Silva.
Os comentários alternam-se com lembranças-postais da Espanha da pós-guerra civil, principalmente a do cenário natal manchego do autor, com alusões a outras partes do seu percurso profissional penin­sular, p.e. ''Você vai ao coração da África e vê que as suas danças são as mesmas que as de Algemesí, paus e ameaças de mais sem chegar a bater" (p.220, minha tradução),  ''Fortaleza, o paradisíaco litoral (…) a cidade com um calçadão marítimo em frente de um paredão de pré­dios altíssimos, todos veraneantes, que nada têm que invejar a Cullera, por exemplo"  (p.244, minha tradução). 
Às vezes as descrições lembram o leitor dos peculiares noticiários brasileiros populistas (p.e. do Fala Brasil da TV Record), cheios de histórias criminosas distraidoras e inibidoras de uma visão social crítica para uma ação coerente e justa.
O autor observa na sociedade brasileira o seu jeitinho optimista (quase cósmico leibniziano), ultra-religioso, sentimental e lacrimófilo, num Brasil que ele adora e, por isso, também comenta criticamente no desejo férvido que o 'país emergente' também emerja na educação, nos serviços públicos e sociais, etc.
Fica todo o variado conteúdo do livro por conhecer. Agora, vá o leitor mas é ler e, se estiver muito impaciente e interessado, comece com os subcapítulos Lula: La Perereca, sobre o microcosmo sociopolí­tico brasileiro, e Salvador: Cervantes, de cara a la pared sobre a ação cultural da Espanha naquele microcosmo. Você não vai se arrepender!

A língua portuguesa no mundo





  Língua materna

  Língua oficial e administrativa

  Língua cultural ou secundária

  Minorias falantes do português

  Crioulo de base portuguesa

Filme português na filmoteca IVAC

Quinta-feira 8 de junho

18:00h
MISTÉRIOS DE LISBOA
(MISTÉRIOS DE LISBOA)
Raúl Ruiz. França, Portugal.
2010. V. O. legendado


Edifici Rialto · Plaça de l'Ajuntament, 17 · E-46002 València · Espanya
Tel. 963 539 300 (oficines) · E-mail: ivac_extension@gva.es

Sexta-feira 27 filme português no Jardim Botânico

Sexta-feira
27
19 h
Cinema Ciclo "Resistències i dissidències" Minicicle Ciutat Líquida. No cuarto da Vanda, Pedro Costa, Portugal, 2009. 170’ Apresentação por Violeta Martín Núñez (Aula de Cinema de la UV). Aula de Cinema. Lugar Auditori Joan Plaça. Jardí Botànic (Quart, 80). Entrada grátis, aforo limitado.

Saldo Negativo, por Fernando Correia Pina

Dói muito mais arrancar um cabelo de um europeu
que amputar uma perna, a frio, de um africano.
Passa mais fome um francês com três refeições por dia
que um sudanês com um rato por semana.
É muito mais doente um alemão com gripe
que um indiano com lepra.
Sofre muito mais uma americana com caspa
que uma iraquiana sem leite para os filhos.
É mais perverso cancelar o cartão de crédito de um belga
que roubar o pão da boca de um tailandês.
É muito mais grave jogar um papel ao chão na Suíça
que queimar uma floresta inteira no Brasil.
É muito mais intolerável o xador de uma muçulmana
que o drama de mil desempregados em Espanha.
É mais obscena a falta de papel higiênico num lar sueco
que a de água potável em dez aldeias do Sudão.
É mais inconcebível a escassez de gasolina na Holanda
que a de insulina nas Honduras.
É mais revoltante um português sem celular
que um moçambicano sem livros para estudar.
É mais triste uma laranjeira seca num kibutz hebreu
que a demolição de um lar na Palestina.
Traumatiza mais a falta de uma Barbie de uma menina inglesa
que a visão do assassínio dos pais de um menino ugandês
e isto não são versos; isto são débitos
numa conta sem provisão do Ocidente.
 Contribuição de Mercedez Hernández, professora de português. Obrigada!

Fallas de Valência

Explosão de luz, cor e alegria, a grande festa das fogueiras, as Fallas de Valência, remonta aos séculos XIII e XIV, tendo surgido por iniciativa dos grémios profissionais da cidade, nomeadamente o dos carpinteiros, cujos artífices trabalhavam à luz dos candis e das tochas. A chegada dos dias mais longos da primavera, sinal de mudança de ciclo e de renovação, era celebrada pelos jovens com fogueiras que eram acendidas à porta das carpintarias, alimentadas por objetos velhos. Mais tarde, "vestiram" cruzes de pau com roupas e calçado antes de serem atiradas ao fogo, o que deu origem aos ninots, os bonecos que ainda fazem parte das atuais Fallas, agora modelados em cartão e alusivos a personalidades famosas. Progressivamente, foram introduzidos o fogo de artifício e a música e transferiu-se a festa para a véspera do dia de S. José, o patrono da carpintaria, e mais tarde para o dia 19 de junho. Hoje, realiza-se de 12 a 19 de março em vários municípios da comunidade valenciana, para além das mundialmente famosas Fallas de Valência. A confeção das Fallas é realizada durante todo o ano, maioritariamente nas oficinas da Cidade do Artista Fallero, construída para o efeito em Benicalap. A festa é atualmente coordenada pela Junta Central Fallera, que também atribui condecorações aos que se distinguem pelo seu engenho e graça: melhores Fallas, atividade fallera, etc. Os autores dos folhetos com explicação das Fallas editados por cada comissão são também distinguidos com prémios. O melhor ninot de cada Falla é exibido ao público em La Lonja, o qual indulta do fogo um dos ninots, que se conservará depois num museu fallero, juntamente com os ninots indultados de anos anteriores. A primeira exibição do ninot data de 1935 e as Fallas são classificadas por categorias consoante o orçamento de cada uma delas, destacando-se sobretudo as seis que fazem parte da Categoria Especial, lugar de honra no qual têm grande tradição as Fallas de Jordana, Pilar, Mercado, Collado e Convento de Jerusalém. A construção de uma Falla requer do artista contratado para o efeito perícia, arte e graça. As Fallas são individualmente tuteladas pelas respetivas comissões masculina, feminina e infantil, que elegem de entre as suas Fallas a Fallera Mayor, que representará a Falla em todos os atos a que deva assistir e que será a concorrente à Fallera Mayor de Valência, eleita por votação entre todas as candidatas. A apresentação à população é feita tradicionalmente no Teatro Principal durante uma grande festa. As Fallas de Valência movimentam todos os anos cerca de 25 mil homens, quase o mesmo número de mulheres e 50 mil crianças, disparam-se duas mil mascletas, quatrocentos castelos de fogo de artifício e dois mil quilómetros de tracas e atuam trezentas bandas de música com mais de 10 mil músicos. Na construção das Fallas utilizam-se mais de dois milhões de quilos de estuque, quinhentos mil quilos de cartão e grandes quantidades de tinta, barro, madeira, tecidos, pregos, etc. Para além da sua importância na cultura e tradição locais, as Fallas de Valência têm uma grande importância na economia local das populações da comunidade valenciana.

Fallas de Valência. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-03-12].

A União Europeia: De A a Z: A de Alargamento

Há 27 desde 2007, mas quantos países vão compor a UE de amanhã? Destaque para as negociações de adesão da Turquia, Croácia e Islândia.
Educació valorará la incorporación del portugués en el sistema educativo valenciano

La Conselleria d’Educació valorará la petición de incorporación del portugués dentro del Decreto sobre Plurilingüismo que le formuló la Asociación Cultural Espaituga de Valencia el pasado mes de enero. La asociación demandaba la presencia de la lengua y cultura portuguesas dentro del sistema educativo valenciano al mismo nivel que otras lenguas extranjeras como el francés, alemán e italiano. La Escuela Oficial de Idiomas de Valencia es la Escuela con mayor número de alumnos de portugués de toda España.

foto-espaitugaPie de foto: Reunión de Espaituga en la sala Artefacto de Valencia.

Vlcsocial, 13 de febrero de 2012.
Una de las portavoces de la entidad hispano-lusófona, Marta Alexandra Cação Lopes Antão, ha declarado que Galicia y Extremadura ya han incorporado la lengua de Camões como opción en sus respectivos sistemas educativos, y que en la Comunitat Valenciana existe una gran sensibilidad por la lengua de Pessoa y Saramago. Cação Lopes Antão ha señalado que la Escuela Oficial de Idiomas de Valencia es la Escuela de toda España que más alumnos de portugués tiene matriculados, con 450 estudiantes en curso.

La Conselleria, mediante su Jefe de Ordenación Académica, Ignacio Martínez Arrúe, ha confirmado a la asociación que va a proceder a valorar las aportaciones recibidas por este colectivo. Desde Espaituga se persigue que el portugués esté presente en el currículum de colegios e institutos valencianos, ya que -precisan- es en Valencia donde más alumnos estudian esta lengua en la EOI, lo que demuestra el interés y la demanda creciente por formarse en la lengua lusófona.

En esta línea, otra asociación portuguesa de Alicante (Adalip) ha remitido la misma petición a Conselleria. Asimismo, la Embajada de Portugal en Madrid y varios medios de comunicación portugueses ha mostrado su interés por los trámites que la asociación valenciana de lusófonos ha iniciado con la Conselleria para incorporar la lengua en el modelo plurilingüe valenciano.

Actualmente el portugués es lengua oficial de potencias emergentes como Brasil y Angola. Según Espaituga, 'la difícil coyuntura económica que atravesamos tiene como consecuencia que muchos españoles y valencianos estén emigrando a estos países en busca de trabajo o expandiendo en ellos sus negocios. Cada día son más las empresas con negocios en el extranjero que solicitan trabajadores que sepan portugués, de ahí, la importancia de formar a nuestros alumnos en una lengua que ofrece un amplio futuro laboral'.

En este sentido, las dos asociaciones radicadas en la Comunitat Valenciana esperan una respuesta favorable por parte de la Conselleria d’Educació a la que han presentado su proyecto.

http://www.vlcsocial.es/index.php/es/component/content/article/96-prima-pagina/532-educacio-valorara-la-incorporacion-del-portugues-en-el-sistema-educativo-valenciano

Poema de António Aleixo inscrito na estátua em sua homenagem em Loulé

Sempre actual, este senhor! ...................................................... ...................................................... *CINCO* *QUADRAS* *DO ANTÓNIO ALEIXO Acho uma moral ruim/ trazer o vulgo enganado:/ mandarem fazer assim/ e eles fazerem assado./ ...................................................... ...................................................... Sou um dos membros malditos/ dessa falsa sociedade/ que, baseada nos mitos,/ pode roubar à vontade./ ...................................................... ...................................................... Esses por quem não te interessas/ produzem quanto consomes:/ vivem das tuas promessas/ ganhando o pão que tu comes./ ...................................................... ...................................................... Não me dêem mais desgostos/ porque sei raciocinar.../ Só os burros estão dispostos/ a sofrer sem protestar!/ ...................................................... ...................................................... Esta mascarada enorme/ com que o mundo nos aldraba,/ dura enquanto o povo dorme,/ quando ele acordar, acaba./ António Aleixo

Fiquem a saber mais sobre o poeta António Aleixo

Considerado um dos poetas populares algarvios de maior relevo, famoso pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos, António Aleixo também é recordado por ter sido simples, humilde e semi-analfabeto, e ainda assim ter deixado como legado uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX. Poeta possuidor de uma rara espontaneidade, de um apurado sentido filosófico e notável pela «capacidade de expressão sintética de conceitos com conteúdo de pensamento moral», António Aleixo tinha por motivos de inspiração desde as brincadeiras dirigidas aos amigos até à crítica sofrida das injustiças da vida. É notável em sua poesia a expressão concisa e original de uma "amarga filosofia, aprendida na escola impiedosa da vida". A sua conhecida obra poética é uma parte mínima de um vasto repertório literário. O poeta, que escrevia sempre usando a métrica mais comum na língua portuguesa (heptassílabos, em pequenas composições de quatro versos, conhecidas como "quadras" ou "trovas"), nunca teve a preocupação de registar suas composições. Foi o trabalho de Joaquim de Magalhães, que se dedicou a compilar os versos que eram ditados pelo poeta no intuito de compor o primeiro volume de suas poesias (Quando Começo a Cantar), com o posterior registo do próprio poeta tendo o incentivo daquele mesmo professor, a obra de António Aleixo adquiriu algum trabalho documentado. Antes de Magalhães, contudo, alguns amigos do poeta lançaram folhetos avulsos com quadras por ele compostas, mais no intuito, à época, de angariar algum dinheiro que ajudasse o poeta na sua situação de miséria que com a intenção maior de permanência da obra na forma escrita. Estudiosos de António Aleixo ainda conjugam esforços no sentido de reunir o seu espólio, que ainda se encontra fragmentado por vários pontos do Algarve, algum dele já localizado. Sabe-se também que vários cadernos seus de poesia, foram cremados como meio de defesa contra o vírus infeccioso da doença que o vitimou, sem dúvida, um «sacrifício» impensado, levado a cabo pelo desconhecimento de seus vizinhos. Foi esta uma perda irreparável de um património insubstituível no vasto mundo da literatura portuguesa.